Pontes são construídas para superar um obstáculo, facilitando a comunicação entre dois ou mais pontos. O carisma marista faz ponte entre múltiplas realidades visando uma sociedade e um mundo harmônico, feliz, fraterno, justo. Essas pontes podem ser do tipo estaiadas, atirantadas ou harpeadas. Um dos fortes tirantes, cabos ou fios que as sustêm é a missão.
Quatro tirantes foram estudados e alavancados para sustentar a ponte da missão marista: 1. Amazônia e ecologia integral. Alguns conteúdos que foram lembrados sob este título: Repam, Sínodo, Laudato Sì, consciência de uma ecologia sustentável, Província e Amazônia, núcleo de articulação, programas de formação, cultura ecológica, formação de multiplicadores, missionariedade, irmãos e leigos no voluntariado. 1. Realidades emergentes e opção pelos mais empobrecidos. Temas lembrados com este tirante: Cidadania, realidades desafiadoras/emergentes, parcerias, colaboradores, capacidade técnica e formação, comunidades mistas, formação continuada, rede de voluntários que atendem necessidades, projetos, novos espaços, participação em fóruns e conselhos. 3. Infâncias e juventudes: evangelização e defesa dos direitos. Temas lembrados: Valorização das pessoas, espaços de evangelização, caminhar com a Igreja, promoção dos direitos das crianças e adolescentes, primar pela escolha dos gestores, maristas serem sinais de opção pelas infâncias e juventudes, projetos educativos, unidades como espaço formativo e convivência, conhecimento dos direitos das crianças e adolescentes, educação aos deveres, profissões do futuro. 4. Missão educativo-evangelizadora. Temas lembrados neste tirante: Colaboradores, projetos estratégicos, espaços de missão, presença marista nos espaços, identidade cristã/católica/marista, indicadores de evangelização, fortalecimento dos processos formativos de irmãos, cultura de solidariedade, força do carisma marista, missão evangelizadora abrangente, mística e profecia, vivência católica/marista.
Os Conselheiros Gerais Oscar e Sylvain, quais engenheiros maristas, aportaram materiais fundamentais para a solidez das pontes, considerando que vivemos em terreno turbulento: escutar esse mundo agitado; discernir o que Deus deseja que façamos e sejamos; pertença a uma família carismática global; ser rosto e mãos da misericórdia divina; criatividade para ser construtores de pontes; caminhar com crianças e jovens marginalizados pela vida; responder com audácia às necessidades emergentes. Para atender a essas chamadas é preciso coragem para deixar, para acolher novos paradigmas, descobrir ações criativas, abandonar o que nos escraviza, deixar zonas de conforto. Em suma, reencantar-se com a missão marista. Recordaram que as grandes linhas que estão emergindo, também são contempladas no Plano Estratégico do Conselho Geral com títulos como Caravanas da vida; Educação evangelizadora; Egos & Ecos. Empoderar ao sem voz.
Todo esse conteúdo foi trabalhado nas comunidades (mesas) e dialogado na assembleia. Essa dinâmica foi apontando para perfilar as prioridades para o triênio. Para construir pontes há obstáculos. É necessário remover pedras; é preciso estabelecer os pilares com sólido fundamento; requer tempo, paciência.
Alguns temas importantes foram partilhados durante o dia: Amazônia e Ecologia na oração da manhã e da tarde; presença marista no Timor Leste e potencial hídrico da Amazônia.
Uma fotografia registrou para a posteridade os construtores da ponte.
Envoltos pela majestosa natureza e do canto vespertino das aves, encerramos a jornada contemplando a ponte feita por Jesus entre a descrença e frieza dos apóstolos e a fome da multidão que há três dias acompanhava o Mestre.
Ir. Sebastião Ferrarini