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Dia Nacional do Voluntariado retoma a Cultura da Solidariedade

27/08/2020
Vida Partilhada
Data celebrativa reforça a urgência da ação voluntária

​“Peço-lhes que sejam construtores do futuro". A frase proferida​ pelo Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) , em 2013, no Rio de Janeiro, demonstra também o desejo da Igreja para a ação voluntária. Sete anos depois, em meio ao contexto pandêmico, é possível perceber a urgência de uma atuação em prol de uma sociedade mais fraterna. 

Inspirados nesse pensamento, nesta sexta-feira, 28/8, celebramos o Dia Nacional do Voluntariado. Uma das frentes de atuação marista, as iniciativas de voluntariado se mostram ainda mais latentes no tempo atual. Como construtores e construtoras do futuro, o Voluntariado Marista tem como objetivo contribuir para a Cultura da Solidariedade, cooperando com a missão de evangelizar, segundo o carisma marista, formando cidadãos e cidadãs comprometidos/as com a promoção da vida. Quem atua como voluntário/a é convidado/a a vislumbrar que as realidades de injustiça, que ferem a vida no planeta podem ser diferentes, podem ser melhores, podem ser espaço vital harmônico, de bem viver e de cuidado com a casa comum. 

Para a voluntária Jamile Duarte Paliosa, de 17 a​nos, o caminho para a construção de um futuro mais fraterno é possível. “Durante a minha vivência do Voluntariado, adquiri um espírito mais solidário e aprendi ainda mais a ter empatia pelo próximo”, conta. Há quase dois anos, a jovem participa do grupo de voluntariado e recorda que as experiências vivenciadas a fizeram amadurecer. “Todos esses momentos me marcaram completamente e me fizeram evoluir como ser humano, saindo d​​a minha bolha e me doando de corpo e alma para a vida das crianças, dos adolescentes e dos idosos” lembra. “Eu sei que o mundo eu não posso mudar, mas o mundo deles, eu consigo”. Jamile atuava, em modelo presencial, na Creche Menino Jesus, Marista Aparecida das Águas, Marista Tia Jussara, Marista Irmão Bortolini, Asilo Padre Cacique.

Já para Sofhia da Silva Rogério, de 16 anos, embora o tempo atual seja repleto de medos e inseguranças, ela afirma: “a única certeza que temos é a mudança, não apenas dos hábitos, mas também das relações sociais e da nossa visão de mundo”. Ao observar o voluntariado como uma possibilidade de construção do futuro, ela lembra: “Todas as nossas ações vão influenciar na criação desse novo mundo pós-​pandemia, por isso as práticas de solidariedade e o sentimento de empatia são fatores que contribuirão para mudarmos essa realidade que estamos vivendo no presente”. A jovem que está no segundo ano do Ensino Médio, reflete sobre o papel do voluntariado e reforça que a prática voluntária é uma oportunidade de ajudar as pessoas de diversas formas. “Além de promover campanhas de doações de objetos, alimentos e brinquedos, o voluntariado trabalha com a doação da imaterialidade, em que cedemos um pouco do nosso tempo, do nosso amor e atenção, o que além de beneficiar o outro, também afeta diretamente a nossa vida”, afirma. “O voluntariado te permite agir. Ele abre uma porta para que possamos fazer morada na vida de alguém, e, ao mesmo tempo essa pessoa preenche nosso coração com muito afeto e carinho”, finaliza. 

A Sofhia é voluntária há três anos e atuava presencialmente na Creche Tia Jussara, na Ilha dos Marinheiros e no Centro Social Marista Santa Isabel (Cemasi).

​(Re)significar a Cultura da Solidariedade

Os relatos demonstram a ação transformadora que iniciativas de voluntariado promovem nos diferentes contextos. A intencionalidade de proporcionar o bem comum e tornar a sociedade um espaço mais justo e fraterno aquece os corações dos que mais precisam e dos que atuam com o voluntariado. 

Ao longo desses últimos meses, a forma de atuar precisou ser ressiginificada em muitos espaços com o distanciamento social. Sofhia conta que, embora não seja viável atuar em instituições presencialmente, ela como voluntária, está conseguindo atuar por outros formatos. “Diversas ações estão sendo realizadas por intermédio virtual, incluindo bate-papos sobre autoestima e saúde mental, campanhas organizadas para doação de alimentos e roupas, ações com lares de idosos, entre diversas outras coisas”, afirma. “Assim, com certeza, o voluntariado continua fazendo parte dos meus dias, me trazendo um sentimento de realização e me ajudando a fazer parte da mudança”. 

Ouça o episódio especial do Minuto Farol de Esperança que marca o Dia Nacional do Voluntariado:


Saiba mais sobre o Programa de Voluntariado Marista aqui.​​