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Simpósio debate os impactos do cotidiano na vida das juventudes

04/10/2021
Institucional
O II Simpósio Juventudes Contemporâneas foi realizado de forma online nos dias 30/9 e 1/10

​Na última semana, foi realizada a segunda edição do Simpósio Juventudes Contemporâneas. Promovido pelo Comitê Juventudes e pelo Observatório Juventudes da PUCRS, ambos espaços de diálogo da Rede Marista, o evento reuniu de forma online educadores, pesquisadores, jovens e demais interlocutores para discutir aspectos ligados às diferentes dimensões da vida juvenil.

A programação contou com conferências, painéis e a apresentação de mais de 50 trabalhos divididos em salas com as seguintes temáticas: educação e cultura; cidadania, direitos humanos e fraternidade; integralidade da vida; e ecologia integral.

Em sua fala de abertura do evento o Ir. Devis Fischer, provincial eleito para o novo Triênio (2022-2024), reforçou o quanto a pauta das juventudes está interligada com o início da missão marista: “o Instituto Marista nasceu da intuição de um jovem. Marcelino tinha 27 anos quando iniciou essa obra respondendo com audácia a difícil realidade da educação francesa". Para Fischer, o Simpósio foi uma oportunidade importantíssima para aprofundarmos a discussão de temas que dizem respeito as juventudes e, também, para estamos atentos aos gritos emergem dos adolescentes e jovens.

“Precisamos pensar que impactos o cotidiano tem causado na vida dos adolescentes e jovens? Que iniciativas podem ser levadas a cabo para garantirmos a vida digna para eles e elas? Eu fui tocado por muitas vidas juvenis e os motivo para que sigamos, juntos, caminhando com as juventudes para que sejamos pontes e faróis de esperança na vida de todos eles", enfatizou o Irmão Marista.

Também na abertura do evento, o Ir. Marcelo Bonhemberger, pró-reitor de Identidade Institucional da PUCRS, apresentou dados sobre aspectos ligado as taxas de emprego e qualificação dos jovens e alertou sobre o quanto é urgente dialogarmos sobre as condições juvenis: “que sigamos abertos a reconhecer as juventudes como sujeitos concretos que nos ensinam a pensar estrategicamente, apontando para o essencial e para o novo, na edificação de seus projetos de vida e de sociedade de modo justo, igualitário e inclusivo", avaliou Bonhemberger.

​Vozes que inspiram reflexões e ações

Os painéis centrais do Simpósio trouxeram nomes renomados na área da pesquisa sobre juventudes para debater aspectos da realidade atual. Na quinta-feira pela manhã a conferência Impactos do cotidiano na vida dos/as jovens foi conduzida pelo pesquisador e professor Paulo César Rodrigues Carrano.

O coordenador do Grupo de Pesquisa Observatório Jovem do Rio de Janeiro trouxe várias reflexões sobre como a realidade pandêmica vem afetando diretamente a vida dos jovens. Seja nos aspectos econômicos, sociais e relacionais, tudo está inteiramente ligado a forma como as juventudes são tratadas pela sociedade.

“Não dá para trabalhar com juventude e ter uma visão idealizada do jovem. É preciso ter consciência das diferentes realidades que nós temos, dos diferentes espectros de jovens que contemplam a faixa etária dos 15 aos 29 anos, e também, reconhece-los como sujeitos de diretos", afirma Carrano. “Mesmo em meio as incertezas e crises, os jovens têm conseguido construir alternativas e reconstruir a vida de diferentes maneiras. Eles são protagonistas das suas histórias", enfatiza o pesquisador.

No turno da tarde, o painel Vivências juvenis, horizontes de sentido contou com a participação de Marcelo Barros, monge beneditino, escritor e teólogo, e da professora Lorena Bandeira. Os convidados reforçaram aspectos importantes sobre o sentido da vida fazendo abordagens com visões na área mística e espiritual e, também, com a efetivação prática no dia a dia do sentido da vida. “Precisamos praticar a autocompaixão e motivar isso entre os jovens. Por isso é tão importante essa busca por um sentido para a vida", reforçou Lorena.

Na sexta-feira, o painel de encerramento do Simpósio contou com a participação do professor Afonso Murad, Irmão Marista, escritor e docente e do professor Paulo Cesar Carbonari, filósofo e membro do Grupo de Estudo e Pesquisa de Educação em Direitos Humanos.

Ambos apresentaram suas reflexões a respeito de pactos que precisamos fazer com as juventudes, demonstrando de que forma podemos nos comprometer a seremos melhores enquanto sociedade para construirmos juntos um futuro diferente. O Irmão Marista Afonso Murad reforçou em sua fala as dimensões de cuidado com a casa comum e o professor Paulo os aspectos de valorização da vida e dos direitos humanos.

“O encantamento e a indignação fazem parte da formação de uma nova consciência. Cada um precisa olhar ao seu entorno e definir: que ação eu posso começar a fazer, a partir de hoje, para tornar o mundo melhor?", indagou Murad. A fala do professor Paulo complementa essa reflexão quando nos motiva a olharmos para os jovens como protagonistas e nos colocarmos  na posição de luta coletiva pela construção de uma nova sociedade: “é preciso que cada um de nós nos comprometamos a lutar para que vocês, jovens, tenham acesso a todos os direitos e possam participar de todos os espaços de fala", enfatizou.

As discussões e reflexões realizadas nessa segunda edição do Simpósio Juventudes Contemporâneas seguem ecoando nos diferentes espaços de atuação junto aos adolescentes e jovens. Para conhecer mais detalhes sobre as pesquisas desenvolvidas nessa área acesse a página do Observatório Juventudes PUCRS/Rede Marista.