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Como a educação marista contribui para o desenvolvimento infantil

05/10/2020
Institucional
Saiba como a promoção e defesa dos direitos da criança se concretiza nos espaços maristas

​​A pedagogia marista valoriza a formação integral, promovendo práticas educativas criativas, contextualizadas e significativas para os estudantes. Esse trabalho, desenvolvido nos Colég​ios​ e Unidades Sociais Maristas​, valoriza as capacidades e os saberes das crianças, acreditando no potencial e nos conhecimentos que cada uma delas traz em seu repertório cultural e familiar.

Nesta semana da criança, mostraremos ​como o nosso compromisso com as infâncias se concretiza na prática em diferentes espaços de atuação. Dessa forma, é possível perceber que esse jeito marista de ser que valoriza o brincar, a proteção integral dos direitos e deveres e a promoção de espaços educativos acolhedores está interligado e embasado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que completa 30 anos em 2020. 

​Espaços educativos que inspiram e acolhem

A Rede Marista tem como compromisso oportunizar espaços educativos de partilha e convivência. Acreditamos que eles devem ser planejados e estruturados de forma que os estudantes e educandos possam usufruí-lo de maneira plena, oportunizando momentos de convivência, aprendizado e desenvolvimento integral. 

No Centro Social Marista da Juventude (CMJU)​, no bairro Vila Nova, em Porto Alegre (RS), são atendidos, em média, 180 crianças e adolescentes por dia, promovendo atividades como teatro, esporte, música, expressão corporal, inclusão digital, oficinas de desenvolvimento humano e grupos da Pastoral Juvenil Marista (PJM).

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Atividades realizadas pela PJM com os educandos do CMJU

As atividades fazem sucesso entre as crianças de diferentes idades e estimulam o aprendizado, o protagonismo e o planejamento do projeto de vida, como explica a coordenadora pedagógica Francini Souza: “as atividades desenvolvidas aqui no CMJU oportunizam às crianças e aos adolescentes uma expansão de mundo. Aqui eles podem conviver com outras pessoas, desenvolver suas potencialidades e, também, ser exemplo para outras crianças e jovens”. 

Os educandos chancelam esse pensamento e reforçam o quanto gostam de frequentar o CMJU e realizar as atividades propostas. Escute nos áudios os depoimentos da Isabeli, de nove anos, e do Lorenzo, oito anos.


​“O afeto e o acolhimento são características muito marcantes nos espaços educativos maristas. A partir dessas relações, a gente consegue perceber o quanto o processo de ensino e aprendizagem fica fortalecido”, conta Francini. Para ela, os vínculos de amizade, respeito e cuidado também são muito perceptíveis nas atitudes dos educandos e educandas. Ela explica que eles relatam o carinho que têm pelos educadores, preocupam-se quando um colega não frequenta as atividades e, consequentemente, levam esses valores para as suas famílias.

“Partindo da ideia que o nosso trabalho preza pelo fortalecimento de vínculos, com os educandos, famílias, instituições de ensino e, também, com a comunidade, acredito que esse ambiente de convívio oportunizado nas Unidades Socias Maristas são um grande diferencial para que possamos estreitar cada vez mais esses laços e contribuir na garantia desse direito para os educandos e educandas que nós atendemos”, finaliza Francini.

Protagonismo desde os primeiros passos

As crianças apresentam múltiplas formas de expressar suas ideias, curiosidades, dúvidas e interesses. Na pedagogia marista, trabalhamos o protagonismo infantil desde os primeiros anos, pois acreditamos que cada um deles tem as suas potencialidades e subjetividades para serem exploradas e desenvolvidas.

Para compreender o protagonismo infantil, é necessário materializá-lo na prática em diferentes tipos de atividade e expressões das crianças. No Colégio Marista Assunção, por exemplo, a atividade desenvolvida com os estudantes da Educação Infantil nos mostra que os próprios estudantes sabem o que significa a infância. Nos áudios a seguir, os pequenos de 4 a 7 anos, nos respondem o que criança sabe, pensa e precisa. Confira as respostas:


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​A coordenadora pedagógica do Colégio Marista Assunção, Sandra Nunes, explica que esse processo inicia na Educação Infantil e segue ao longo dos anos: “Nós, como adultos, precisamos dar voz às crianças, estar muito atentos às curiosidades e interesses e deixá los escolher de que forma eles irão demonstrar o conhecimento”. 

As crianças devem ser reconhecidas nas suas subjetividades e individualidades para que desenvolvam o seu protagonismo. A orientadora educacional do Marista Assunção, Gisele Almeida, reforça o quanto essa característica está presente no jeito marista de educar: “o respeito à subjetividade das crianças é o principal diferencial da pedagogia marista, pois, quando a gente reconhece que esse sujeito já tem inteireza, integralidade e o colamos, de fato, no centro do processo de aprendizagem, reconhecendo o que ele já é, e não o que há de ser, aí está o ponto chave do protagonismo”, avalia.

O trabalho dos educadores e da família também é muito importante nesse processo de desenvolvimento das crianças. “A formação docente faz com o que o educador amplie seu repertório e estimula que ele problematize, questione, desafie, instigue, desperte a curiosidade, a partir do que aquela criança tem de interesse em aprender”, explica Sandra. Nesse contexto, é importante que a família vivencie, juntamente com os filhos, esse processo e para poder continuar desenvolvendo essas potencialidades no ambiente familiar.

​Compromisso com a defesa dos direitos

Também como instituição, temos o compromisso de promover e defender os direitos das crianças, adolescentes e jovens. Essa prática se dá a partir do cumprimento de políticas institucionais de proteção das crianças, e do olhar atento e cuidadoso que todos os Irmãos e colaboradores maristas exercem nos diferentes espaços de missão.

Tendo como objetivo sensibilizar ainda mais sobre essa temática, a Assessoria de Proteção à Criança e ao Adolescente da Rede Marista promove capacitações com Irmãos Maristas e colaboradores. “Nossa intenção é explicar, com mais detalhes, as legislações vigentes sobre o assunto para que eles possam ter um olhar atento às situações de violação de direitos infanto-juvenis” explica Jacqueline Camillo, integrante da Assessoria e responsável pela organização das formações. “Dessa forma, podemos contribuir para o desenvolvimento de um ambiente institucional mais acolhedor e vigilante às necessidades das crianças e adolescentes, sobretudo daqueles mais vulneráveis”, finaliza. 

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Formação realizada com os Irmãos Maristas em 2019

Para além dos cumprimentos legais, a Rede Marista acredita que a proteção e promoção dos diretos se dá no dia a dia, no trabalho desenvolvido por todos os educadores maristas e na integração que a instituição desenvolve junto às comunidades nas quais estamos inseridos.