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25 de junho: Dia Nacional do Imigrante

21/06/2024
Amazônia
Data foi criada para homenagear as pessoas que saíram do seu país de origem em busca de melhores condições de vida

​O Dia do Imigrante é comemorado em 25 de junho no Brasil desde 1957, quando foi emitido o Decreto nº 30.128 pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. A data foi escolhida por ser o fim das celebrações da Semana da Imigração Japonesa, comemorada a partir de 18 de junho.

Criado para homenagear as pessoas que saíram do seu país de origem em busca de melhores condições de vida, o Dia do Imigrante também valoriza as diferentes culturas que formam o nosso país e o tornam único e especialmente diverso.

Os Irmãos Maristas Joilson Souza Toledo e Danilo Correia Bezerra escreveram um artigo sobre o trabalho desenvolvido em Boa Vista (RR). Leia na íntegra:


“Vamos lá onde eles estão” – As intuições de ontem iluminando as escolhas de hoje


Por Ir. Joilson Souza Toledo e Ir. Danilo Correia Bezerra


A presença marista em Boa Vista (RR) é um dos temas no quarto livro da série Ecumene, intitulado Vida Religiosa Consagrada Através do Grito das Migrações Forçadas. A série é um conjunto de cinco livros que estão sendo publicados de forma impressa e online de 2021 a 2025. O projeto é coordenado pelo Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios (Csem) e pela Confederação Latino-Americana de Religiosos (Clar).

Vamos lá onde eles estão – As intuições de ontem iluminando as escolhas de hoje. Inspirado no artigo 83 das Constituições Maristas publicadas em 1985, o capítulo aborda a missionariedade dentro da congregação marista. As congregações religiosas são sinais históricos do amor que Deus suscita no coração das pessoas como respostas aos desafios de um determinado tempo. Tomados pelo amor de Deus, fundadores e fundadoras se sentiram chamados e chamadas a serem sinais desse amor e configuram um estilo de vida que dá nuances específicas a todas as dimensões da vida humana e cristã.

A primeira parte do texto aborda, especificamente, a missionariedade nos documentos da congregação, em especial as Constituições atuais (C.) e a Regra de Vida (RdV). Esses documentos nos lembram que “o Padre Champagnat, confiando em Maria, encarna uma paixão evangélica que consegue dar respostas adequadas aos problemas das crianças e jovens” (C. 52); que o sonho é que todo Irmão seja reconhecido por amar como Jesus (RdV 67) e que toda ação apostólica e educativa marista tem o amor como chave (RdV 75). Com essas motivações, nós estamos nos mais diversos lugares e especialmente entre os últimos da história.

A Igreja local de Roraima é o tema da segunda parte do capítulo. Aqui, abordamos um pouco da história e as opções pastorais que marcam essa Igreja local. O projeto comunitário da Comunidade Marista de Boa Vista e o Plano de Evangelização da Diocese apontam como a solidariedade, a intercongregacionalidade, o cuidado com a Casa Comum e o magistério do Papa Francisco marcam essa Diocese. 

Chegamos na presença marista em Boa Vista, tema da quarta parte. Aqui, o discernimento que deu origem à comunidade e as opções atuais são destacadas. Uma comunidade de inserção, caminhando de mãos dadas​ com as outras congregações, sendo uma presença significativa nas comunidades e pastorais locais.

O fluxo de migrações forçadas de venezuelanos foi acolhido como um desafio pastoral pela Diocese de Roraima e pelos Irmãos Maristas, dando origem a várias iniciativas; entre elas, os Projetos Maristas Infâncias em Movimento e Um Novo Começo, para acolhida de crianças, adolescentes, jovens e famílias.

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Nesse processo, inspirados pelo carisma marista e pelas provocações do Papa Francisco presentes na Querida Amazônia, a presença marista em Boa Vista tem buscado ser entre os migrantes e as migrantes uma presença de irmão. Assim como canta o poeta Manoel Nery, maristas de Champagnat se sentem “mensageiros de um Deus que é irmão”.

Entendemos a fraternidade como um sonho da Igreja na Amazônia, um caminho para a defesa da vida e dos diretos dos povos em situação de migração e uma resposta às realidades concretas encontradas atualmente em Boa Vista. 

Ao celebrar 15 anos de presença marista em Roraima, os autores do texto reconhecem que, como maristas, nos sentimos impelidos e iluminados pelas intuições fundacionais da nossa congregação em continuar buscando a cada dia respostas adequadas, fraternas e evangélicas de estar “lá onde eles estão”.