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Rede Marista

Conferência destaca o combate à violência sexual infantojuvenil

31/05/2019
Institucional
O evento foi promovido pelo Centro Marista de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente e pela Escola de Direito da PUCRS

​​​​Foto: Bruno Todeschini​

Nesta sexta-feira, 31/5, foi realizada a 1ª Conferência Marista sobre Enfrentamento à Violência Sexual Infantojuvenil. O evento, realizado pelo Centro Marista de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente e pela Escola de Direito da PUCRS, reuniu mais de 300 pessoas para debater sobre como é possível auxiliar na identificação e prevenção desses crimes.

O presidente da Rede Marista, Ir. Inacio Etges, abriu a conferência ressaltando a importância de discutir essa temática em conjunto: “Estamos comprometidos a trabalhar pela proteção e defesa dos direitos das crianças e jovens, pois acreditamos que, somente com o engajamento da sociedade é que conseguiremos construir um mundo mais justo e humano", pontuou.

O coordenador do Centro Marista de Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ir. Sandro Bobrzyk, afirmou que “a conferência somente trará frutos se constantemente assegurarmos que aquele que deve proteger jamais tenha uma conduta de destruir ou violar os direitos de seres inocentes". Representando o governador Eduardo Leite, o secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Catarina Paladini, mencionou a interface envolvendo o Ministério Público, a Polícia Civil, os conselhos tutelares e o Governo do Estado, que mobiliza esforços para uma atuação conjunta, como a reedição do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente. “O crime se movimenta mais rápido que o Estado. Por isso, os instrumentos de controle e de fiscalização precisam estar ligados diretamente, estabelecendo ações e chegando de forma direta na vida da sociedade", enfatizou.


Olhar atento para a vítima

​​​Os conferencistas realizaram uma abordagem inter​disciplinar apresentando aspectos como: o perfil psicológico do agressor, os impactos que esse tipo de violência causa nas vítimas e, também, dados sobre a investigação criminal e os sistemas de acolhimento.

Texto auxiliar da imagem A professora da Escola de Direito da PUCRS​ Maria Regina Azambuja falou sobre os sistemas de acolhimento a vítima

​Segundo a professora do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da Faculdade de Medicina da UFRGS, Lisieux Telles, várias características podem ser atribuídas ao agressor: “Não existe um perfil típico. Muitos fatores psicológicos e comportamentais devem ser avaliados". Os conferencistas também reforçaram que, além do abuso sexual, precisamos estar atentos a outros crimes como o aliciamento de menores e a pornografia infantil. Os dados de crimes cibernéticos trazidos pelo agente da Polícia Federal Luiz Walmocyr Jr alertam para um cenário preocupante em que as crianças e jovens estão expostas diariamente na internet.

Todas essas violações de diretos trazem impactos graves para os aspectos psicológico e social das vítimas. “Os efeitos são devastadores e o custo social e emocional também são irreparáveis", afirmou a médica Maria Lucrécia Zavaschi. O evento foi finalizado com a fala da professora da Escola de Direito da PUCRS e procuradora de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Sul, Maria Regina Azambuja, que reforçou o quanto é necessário estarmos atentos as formas de denúncia apresentadas pelas vítimas: “precisamos oportunizar espaços para a criança se expressar e sermos sensíveis a esse relato. Pois, a forma que ela nos alerta sobre esse tipo de crime nem sempre é na linguagem adulta, como se espera", finalizou.

 

Comprometimento com a promoção da vida

A Rede Marista possui políticas institucionais de proteção integral às crianças e jovens, que embasam a atuação das pessoas que trabalham nos empreendimentos e unidades. Além de promover campanhas educativas e contar com o Centro Marista de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, a instituição possui com o canal Nossos Valores, espaço que apresenta o Código de Conduta e os parâmetros éticos que guiam a missão marista. Nessa plataforma online, todos podem comunicar, de modo seguro e anônimo, preocupações, dúvidas e sugestões.

 

Como denunciar?

Qualquer suspeita de violência sexual deve ser denunciada. Conheça alguns caminhos:

  • Disque 100 (canal disponível para todo o Brasil).

  • Procure a Delegacia de Polícia Especializada ou Comum.

  • Procure o Conselho Tutelar ou os Centros de Referência em Atendimento Especializado (Creas) da sua região.

  • Você também pode ligar diretamente para a Polícia (190) ou buscar auxílio junto ao Ministério Público.