O que aprendemos com Champagnat sobre liderança e trabalho em equipe

A formação de lideranças é uma pauta que costumeiramente faz parte dos projetos estratégicos e planejamentos institucionais. Qualificar pessoas, desenvolver competências e habilidades para o trabalho coletivo é algo desafiador e que requer uma formação contínua

Para inspirar as equipes, gestores/as e profissionais das mais diferentes áreas neste início de ano, separamos três características de São Marcelino Champagnat que podem auxiliar na sua atuação em atividades de liderança e coletividade. 

Relacionamento interpessoal 

Champagnat sempre teve uma excelente habilidade de relacionar-se e comunicar-se com diferentes públicos. Seja com os chefes de poder e líderes religiosos para encaminhar a construção de novas escolas, ou com os jovens e crianças que circulavam nas proximidades de sua comunidade. Com cada um deles Marcelino sabia manter uma boa conexão trazendo clareza a coerência em suas falas e ações. 

O carinho e o cuidado com que tratava as pessoas pode era testemunhado por todos que conviveram com o fundador do Instituto Marista. “A sua personalidade e o seu projeto conquistaram as crianças e os jovens, tendo o dom de despertar-lhes as suas melhores qualidades, tornando-os os melhores embaixadores da sua obra.” (Missão Educativa Marista: um projeto para o nosso tempo) 

O relacionamento interpessoal torna-se ainda mais importante nos dias de hoje quando estamos vivenciando momentos de interações híbridas, onde nem sempre conseguimos sentir as percepções do próximo devido ao distanciamento físico das relações, e dessa forma, precisamos desenvolver a clareza em nossas comunicações para que sejamos perfeitamente compreendidos e, também, possamos entender as outras pessoas que se conectam conosco. 

Liderança servidora 

Em um dos seus escritos, Marcelino fez o seguinte relato sobre autoridade: “há duas espécies de autoridade: a de direito, conferida pelo cargo de Diretor, e a autoridade moral conquistada pela capacidade, a sensatez e a virtude. A primeira é quase nula sem a segunda. Daí a necessidade de o Irmão Diretor ser virtuoso e dar bom exemplo aos Irmãos”. 

Para ele, uma pessoa que quer exercer a liderança deve espelhar-se em Jesus Cristo e colocar-se a serviço. Assim como o filho de Deus lavou os pés de seus discípulos, um bom líder deve desenvolver essa característica de estar junto dos seus liderados, trabalhando em parceria e de forma a contribuir com o desenvolvimento de todos. 

Como relatou Champagnat, o bom exemplo dado pelo líder é o melhor ensinamento que ele pode deixar para a sua equipe. 

Escuta atenta 

Desenvolver a habilidade da escuta é tão importante quanto a oralidade. Cada pessoa tem as suas próprias vivências e percepções sobre a vida. Saber trabalhar em equipe e liderar grupos é, também, saber ouvir com atenção todos esses pontos de vista e ponderar o que é importante para cada situação. 

Marcelino tinha como rotina visitar as escolas, de uma a duas vezes por ano, solicitando que os Irmãos prestassem contas da administração e relatassem como estava o andamento de cada um dos colégios. Somente depois desses momentos de escuta das lideranças é que ele tomava as decisões. Desta forma, ele os envolvia nos assuntos e estimulava o discernimento sobre cada uma das temáticas abordadas. 

 

Esses são apenas três aspectos do fundador da missão marista que podemos utilizar como exemplo para um aprendizado contínuo sobre a atuação cotidiana em nosso ambiente de trabalho, em projetos em equipe e em espaços de liderança. Para conhecer mais detalhes sobre a vida e obra de Champagnat confira essa matéria com dicas de livros que trazem informações completas sobre a sua atuação. 

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