Há um ano, no dia 8 de dezembro de 2015, a Rede Marista ampliava suas fronteiras, abraçando cinco estados da Região Amazônica, além do Rio Grande do Sul e Brasília.
O desafio de vencer as distâncias geográficas cada vez mais se dilui na determinação de sermos, juntos, presença significativa e transformadora na vida de tantas pessoas. A dinâmica dos rios, das florestas, a biodiversidade, riqueza e pluralidade dos povos amazônicos – já familiar para muitos Irmãos que estão inseridos naquele contexto há mais de 50 anos – agora fazem parte do horizonte de cada Irmão e colaborador/a.
O presidente da Rede Marista, Irmão Inacio Etges, avalia esse período como de grandes avanços e desafios. Nos últimos meses, o Conselho Provincial esteve em cada uma das comunidades e regiões onde há presença marista para aproximar perspectivas e horizontes.
“O que encontramos, foi um foco unificador da missão marista na Amazônia, que é a formação de lideranças para o desenvolvimento regional. E isso se dá em inúmeras frentes: eclesial, social, em organizações populares e educativas", afirma.
Essa aproximação também ajudou a criar uma consciência das fronteiras de atuação e de uma mentalidade multicultural. Prova disso é o crescente interesse em voluntariado em terras amazônicas. A instalação da Comunidade Internacional Marista da Amazônia, em Tabatinga, também tem contribuído muito para a presença constante de Irmãos e Leigos/as trocando experiências e promovendo a integração em diferentes frentes de atuação.
O Irmão afirma, no entanto, que ainda é um grande desafio a sensibilização de pessoas – Irmãos e Leigos/as – para a disponibilidade em assumir uma missão de vida na região, aproximando ainda mais as trocas culturais. “Há uma preocupação para a formação técnica e também institucional, nas escolas em que estamos presentes. Há maristas preocupados em manter aspectos relevantes do nosso carisma entre os estudantes", comenta.
Nesse mesmo sentido, o presidente avalia como muito promissor o futuro da missão marista na Amazônia. Há um grupo de estudos avaliando as necessidades de escolas na região, em especial, de Ensino Fundamental, promovendo uma menor evasão de jovens e lideranças do campo. “Vemos uma oportunidade ímpar de ajudar no desenvolvimento de toda a região", afirma.
No Rio Grande do Sul e em Brasília, a missão continua se fortalecendo. A atuação em 17 cidades gaúchas e no Distrito Federal está sempre sendo qualificada para atender aos desafios educacionais e sociais que a região e o país apontam. Novas perspectivas de gestão, avanços no modelo de governança e reforço da identidade e dos princípios legados por São Marcelino Champagnat em todos os espaços, já são realidade e apontam novos horizontes para os próximos anos.