O segundo dia da Assembleia Provincial de Missão teve como foco principal a reflexão e as partilhas sobre as emergências e os clamores que surgem das nossas frentes de missão. O encontro reuniu Irmãos Maristas e delegados/as que representam os diferentes espaços de atuação da Província e propiciou uma tarde de diálogos e trabalhos em grupo.
A condução do segundo dia da Assembleia foi feita pela colaboradora Leia Almeida e pela estudante Júlia Wieser, representantes da Educação Básica. Para iniciar a tarde, o momento de oração nos convidou a refletir sobre a temática principal do dia e foi conduzido pelos representantes do Centro Social Marista Santa Isabel (Cemasi) Yuri Santos, pastoralista, Lilian Couto, coordenadora pedagógica, e Lívia Beatriz, educanda.
Para motivar os/as delegados/as e Irmãos a pensarem sobre os clamores dos nossos tempos, a Leiga e professora da Ordem Franciscana Secular Moema Miranda fez uma fala inspiradora e desafiadora sobre o contexto de emergências que vivemos, com foco para a Região Amazônica. A assessora, que é doutora em Filosofia e mestra em Antropologia Social, apresentou relatos potentes sobre a necessidade urgente de trabalharmos juntos pela construção de um novo tempo. “A partir dessas reflexões, eu entendo que um dos principais desafios da missão marista é educar para termos consciência dos riscos que esse modo de ser no mundo está nos causando", avaliou Moema.
Na sequência da programação, os/as delegados/as foram direcionados para momentos de reflexão individual e trabalhos em grupo, nos quais elencaram cinco principais emergências a partir dos temas destacados no relatório-síntese das escutas pré-Assembleia. Entre os principais pontos compartilhados pelos grupos, estão: promoção de espaços educativos de qualidade, cuidado com a Casa Comum, formação de consciência crítica, combate às desigualdades sociais, evangelização de crianças e jovens, entre outros.
Fazendo um paralelo com as urgências atuais, a programação da Assembleia continuou com uma fala do Irmão Jean Arcari, que fez uma retomada das emergências que levaram os primeiros Irmãos Maristas a fundar a obra no Sul do Brasil. Entre as respostas dadas há 120 anos, o Irmão destacou cinco pontos que permanecem relevantes até hoje: qualificação e prontidão, abertura a outras emergências, comunhão com a Igreja, fidelidade ao Carisma Marista e sustentabilidade da missão.
Para encerrar o segundo dia, o Padre Vilson Groh fez uma síntese das principais discussões realizadas e deixou algumas perguntas para aprofundamento. Considerando os apelos do Papa Francisco para que sejamos uma Igreja em saída, que coloca os pés no barro e vai ao trabalho missionário, o Padre questionou: “Como 'elamear-se' nessas realidades que nos foram apresentadas?".
Para ele, é importante nunca perder o foco nos dois grandes gritos da atualidade: o grito da terra e o grito dos empobrecidos. Que possamos seguir com a escuta atenta para responder de forma transformadora aos clamores das nossas frentes de missão.
A Assembleia continuará amanhã com a projeção sobre os sonhos que almejamos para responder às emergências elencadas no dia de hoje.