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Programa Voluntariado oportuniza uma imersão nas realidades da Região Amazônica

30/01/2020
Amazônia
Durante os meses de janeiro e fevereiro quatro grupos de voluntários/as irão atuar em três cidades da Região

​​​​​​O voluntariado é uma forma de superar a indiferença e pôr-se em direção ao/à outro/a tendo como foco a construção da Cultura da Solidariedade. Com esse espírito de compromisso com a defesa dos Direitos Humanos, promoção da vida e cuidado com a Casa Comum, 14 voluntários/as da Rede Marista estão atuando durante os meses de janeiro e fevereiro em três cidades da Região Amazônica.

Eles estão divididos em quatro grupos e desenvolvem atividades nas cidades de Boa Vista (RR), Rio Gregório (AC) e Lábrea (AM). No mês de janeiro, o trabalho foi realizado na cidade de Boa Vista junto aos/às imigrantes venezuelanos/as. Já em fevereiro, o foco de atendimento serão as comunidades indígenas e ribeirinhas das localidades de Lábrea e Rio Gregório.

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No CMDH os/as voluntários/as fazem o cadastramento dos/as venezuelanos/as

​Acolhimento e auxílio aos imigrantes

Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unic​ef), estima-se que aproximadamente 32 mil venezuelanos/as estejam vivendo em Boa Vista. Esse número cresce a cada dia, pois a entrada dos/as imigrantes em solo brasileiro é realizada principalmente pelos municípios do estado de Roraima.

Os/As voluntários/as maristas que atuam em Boa Vista desenvolvem seu trabalho em projetos e instituições que fazem o acolhimento dos/as venezuelanos/as e buscam melhores condições sociais para que essas pessoas possam recomeçar a vida no Brasil. As iniciativas realizadas no município são coordenadas por diferentes instituições eclesiais e civis.

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Os maristas são responsáveis pela articulação do projeto Infâncias em Movimento e Direitos Humanos que atende cerca de 40 crianças venezuelanas por dia. Nesse projeto, os/as voluntários/as auxiliam na condução das oficinas e atividades lúdicas que são planejadas para os pequenos. Segundo a voluntária Olga Chelkanoff, a interação realizada com eles/elas durante as atividades demonstra o quanto a crise migratória já causou impactos significativos: “quando sugerimos uma atividade de desenho sobre o que eles sonhavam, todos desenharam uma casa. Isso é muito simbólico e marcante. Demonstra que, até mesmo as crianças, já sabem o que as suas famílias almejam aqui no Brasil”, explica.

É nessa realidade de busca por uma vida digna para os/as imigrantes que os/as voluntários/as atuam diariamente. No Centro Migrações e Direitos Humanos de Boa Vista (CMDH), por exemplo, o cadastramento dos/as venezuelanos/as que recebem cestas básicas e outros tipos auxílios é feito exclusivamente por voluntários/as. Além disso, os/as imigrantes que desejam conversar e relatar um pouco mais sobre a sua história também tem um espaço destinado para esse acolhimento. “Foi muito bom podermos conhecer mais essa realidade e oportunizar a eles essa escuta. Saímos de lá com o desejo de ajudar a todos, mas infelizmente, em função do tempo que temos, conseguimos fazer só o básico”, explica o voluntário Fabiano Vian.

Depois de 15 dias de imersão conhecendo de perto a história de vida de tantas famílias que buscam uma nova oportunidade no Brasil, os/as voluntários/as retornam com a vontade de fazer mais. “A experiência foi fantástica, mas precisaríamos de mais tempo para poder trabalhar em busca de recursos e outras formas de ajudar essas pessoas”, avalia Vian. 

A voluntaria Olga conta que a motivação ao chegar no Rio Grande de Sul é de ir em busca de instituições que fazem esse acolhimento aqui: “Essa experiência me abriu os olhos para ver que nós temos muita gente para ajudar. Porto Alegre é a quinta cidade do Brasil que mais recebe imigrantes e de que forma a gente os ajuda a terem uma vida melhor? Eles são pessoas de bem que não querem vir para cá e viver como pedintes. Eu volto motivada a ir em busca de outras formas de ajudá-los, e não quero parar”, afirma.

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Ramiro Braga​, ​Olga Chelkanoff, Jaquelini Debastiani e Fabiano Vian atuaram em Boa Vista no início de janeiro   

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Carola Lagos, Vanessa Mulet e Emilin Silva nas atividades do projeto marista durante a segunda quinzena de janeiro​


Educação popular e formação de lideranças

Os dois grupos de voluntários/as que irão atuar na Região Amazônica no mês de fevereiro vivenciarão uma realidade diferente dos grupos de Boa Vista. Em Lábera (AM) e Rio Gregório (AC) o trabalho é destinado ao atendimento das comunidades indígenas e ribeirinhas.

As principais atividades são voltadas para a educação popular e formação de lideranças pastorais. Todo o trabalho é realizado em parceria com a Igreja e a comunidade local, por isso a atuação dos/as voluntários/as é realizada em escolas municipais e comunidades eclesiais.

​Conheça os/as voluntários/as que estarão na Região Amazônica no mês de fevereiro:

Lábrea (AM) – de 31/1 a 14/2

  • Branca Diva Fonseca | Escola Marista Santa Marta – Santa Maria (RS)

  • Caroline Santos | Colégio Marista Ipanema – Porto Alegre (RS)

  • Diego Nunes | Colégio Marista Assunção – Porto Alegre (RS)

  • Franciele Ribeiro | Colégio Marista Aparecida – Bento Gonçalves (RS)

  • Irma Lucena | Fraternidade São Marcelino da Amazônica – Porto Velho (RO)

  • Vitória Soares | Coordenação de Desenvolvimento Humano e Organizacional da Rede Marista e Pastoral Juvenil Marista – Porto Alegre (RS)

  • Acompanhante da Coordenação de Pastoral: Renato Biasi

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Rio Gregório (AC) – de 30/1 a 13/2

  • Aline Grings | Colégio Marista Pio XII – Novo Hamburgo (RS)

  • Lorenza Fronza | Colégio Marista Aparecida – Bento Gonçalves (RS)

  • Acompanhante da Coordenação de Pastoral: Maria Inete Maia

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