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Os frutos do Sínodo para a Amazônia

09/10/2020
Amazônia
A caminhada pós-sinodal segue com diversas atividades no território amazônico

​Neste mês de outubro, completa-se um ano da realização do Sínodo para a Amazônia. A Assembleia dos Bispos provocou toda a Igreja a refletir sobre as realidades amazônicas e sobre o compromisso com a Casa Comum. Sabemos que a caminhada a ser feita ainda é longa. Os frutos do Sínodo vão sendo colhidos a partir das diversas iniciativas que emergem nas bases da Igreja e da continuidade de processos que já vinham sendo realizados no território amazônico.

As Comunidades Maristas dessa região têm um importante papel nessa trajetória, conforme explica o Irmão João Gutemberg Sampaio, da Comunidade Marista de Manaus: “podemos dizer que, em todo o processo sinodal, as Comunidades Maristas vêm atuando com bastante incidência. Isso se expressa por meio de uma intensa ação missionária junto aos migrantes em Boa Vista (RR), na presença de Igreja voltada às comunidades ribeirinhas e indígenas na Foz do Tapauá, em Lábrea (AM), e no trabalho realizado com as juventudes em Manaus (AM)”, explica.

O trabalho realizado com os/as jovens em Manaus se desdobra em diversas iniciativas a partir da presença marista junto à Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Manaus e do Serviço de Animação Vocacional Regional, e  em nível de Amazônia brasileira e internacional, por meio da atuação na Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam). “Em tempos de pandemia, os jovens dos países amazônicos têm buscado caminhos novos de encontro e interação a partir das plataformas virtuais, onde passaram a reorganizar-se para partilhar a vida, traçar perspectivas de atuação e concretizar ações solidárias, mantendo o espírito de rede”, relata o agente de pastoral, Diego Aguiar.

Muito já se fez na busca de concretizar as propostas que o Sínodo para a Amazônia sugeriu. Entretanto, ainda há muito a trilhar na busca de novos caminhos para a Igreja e para uma Ecologia Integral. “Urge caminharmos animados e inquietos, comprometidos com os sonhos e as conversões que a caminhada sinodal nos propõe”, afirma Diego.

​Ações junto à Repam

Nesse período, percebeu-se uma crescente interação formativa e propositiva na ótica da Ecologia Integral. O Irmão João Gutemberg e o agente de pastoral Diego Aguiar têm assumido junto à Repam espaços de importante relevância. Recentemente, o Ir. João assumiu a condução de Secretaria Executiva com o objetivo de potencializar o trabalho em rede da Igreja nos países amazônicos priorizando eixos temáticos de atuação. 

Além disso, esse trabalho busca atuar na criação e na consolidação da Rede de Educação Intercultural Bilíngue da Amazônia (Reiba), que vai fomentar a interculturalidade nos territórios a partir dos povos indígenas e, também, o fortalecimento da Comissão das Mulheres na estrutura da Repam, com o apoio a Conferência Eclesial da Amazônia (Ceama).

​“É importante lembrar que a missão marista na região amazônica se realiza em um contexto de união, com o apoio de muitos outros sujeitos como: congregações religiosas, pastorais e organismos eclesiais. Procuramos, por meio de uma ação conjunta, atender os gritos pastorais que vêm dos povos da Amazônia e da Casa Comum” reforça o Irmão João.