“Aprendi a exercitar a escuta, a adotar uma postura acolhedora e a estar aberta a conviver com diferenças culturais”. Assim Janaíne Perini, Animadora da PJM na cidade de Santa Maria (RS), resume a experiência de voluntariado que realizou durante um semestre no Timor Leste. A jovem de 22 anos atuou no Instituto Católico para Formação de Professores (ICFP) como auxiliar nas aulas de português.
Janaíne embarcou rumo ao país do sudoeste asiático em janeiro deste ano e permaneceu lá até julho. Nos primeiros dias se dedicou a estudar o tétum, idioma oficial do país assim como a língua portuguesa. Conhecimento que, segundo ela, foi fundamental para que pudesse se comunicar com os/as estudantes do ICFP e ajudá-los no processo de aprendizagem, já que o tétum é o idioma mais falado pela população. Além do voluntariado na área educacional, a jovem realizou encontros com a proposta da Pastoral Juvenil Marista no Instituto.
Para a voluntária, o que mais impactou foi a realidade do país que é bastante difícil. “A economia é baseada na subsistência. As pessoas vivem numa condição de pobreza bastante acentuada a ponto de não saber se terão alimento no dia seguinte. Também têm pouco acesso à informação, pois não possuem celular, televisão e a conexão à internet é muito lenta”, conta Janaíne. Esta realidade provocou reflexões sobre adotar uma condição de vida mais simples. “Aprendi que é possível viver o presente. Aqui a gente está sempre muito ansioso para ter mais e mais coisas que nem sempre são necessidades”, pondera.
A jovem afirma que a maior alegria do período em que esteve no Timor Leste foi o contato com as pessoas. “Recebi carinho de maneira muito generosa e sincera e no momento da despedida não me disseram adeus e sim até logo porque querem que eu volte lá”, destaca. A voluntária disse que pretende fazer outras experiências de voluntariado semelhantes, mas ainda não decidiu o local. “É sempre muito positivo ir a outras terras, conhecer novas culturas. Provoca um processo grande de autoconhecimento, além do crescimento profissional e pessoal”, conclui.
Sobre o Voluntariado Marista
Com cerca de 700 voluntários/as, a Rede Marista oportuniza iniciativas e experiências transformadoras nos âmbitos pessoal e social, nas quais os/as participantes entram em contato com distintas realidades, recebendo formação e acompanhamentos específicos. O serviço de voluntariado pode ser realizado em entidades cadastradas pela Associação do Voluntariado e da Solidariedade (Avesol) ou outra ONG, colaborando com a promoção da vida e na construção da Cultura da Solidariedade. Clique aqui para saber mais sobre o Voluntariado Marista.