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Índices de trabalho infantil crescem durante a pandemia: saiba como ajudar no combate a essa violação de direitos

11/06/2021
Institucional
A Rede Marista trabalha constantemente na promoção e proteção dos direitos das crianças adolescentes e jovens

Na semana que antecede o Dia Mundial do Combate ao Trabalho Infantil, 12/6, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), nos alerta para um dado importante divulgado em seu último relatório: o número de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil chegou a 160 milhões em todo o mundo – um aumento de 8,4 milhões nos últimos quatro anos, de 2016 a 2020.

A pesquisa ainda alerta que mais 8,9 milhões de crianças e adolescentes correm o risco de ingressar no trabalho infantil no mundo até 2022, como resultado da pandemia da Covid-19. (acesse os dados completos aqui – versão somente em inglês). Enquanto instituição filantrópica de ensino e assistência social, a Rede Marista trabalha diariamente para que dados como esses sejam erradicados e que as crianças, adolescentes e jovens tenham a proteção e garantia dos seus direitos respaldados.

Para a coordenadora pedagógica do Centro Social Irmão Bortolini, Carolina Carlet, o trabalho realizado em parceira com a escola, unidades sociais e famílias é o grande fator de mudança dessa realidade: “nós sabemos que nas comunidades com maior situação de vulnerabilidade o trabalho infantil é algo que acontece com algumas crianças e adolescentes. Para mudar essa realidade, precisamos formar uma grande rede de apoio, todos os agentes que contribuem com a educação e formação desses jovens precisam estar alinhados para promover espaços acolhedores e garantir a proteção dos direitos", avalia.

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A partir das oficinas de música, os educandos formaram a Banda Ecos. (as fotos foram tiradas antes da pandemia)​

O Centro Social Marista Bortolini atende cerca de 120 educandos de 6 a 15 anos com oficinas e atividades educativas. Além disso, em média, 20 jovens a partir de 16 anos nos cursos de Jovem Aprendiz e nos grupos de PJM. “Para os educandos até 15 anos, trabalhamos com oficinas de arte e cultura. No contraturno das aulas regulares, eles vêm para o Centro Social e participam de atividades de música, dança, teatro e esportes. Esta é uma forma de oportunizarmos diferentes tipos de conhecimento para eles e, ao mesmo tempo, garantir que estarão em um espaço que promove uma infância e adolescência com múltiplas aprendizagens", explica Carolina.

Com a pandemia, as oficinas estiveram suspensas devido aos protocolos de saúde e segurança, mas o Centro Social organizou um espaço para que os educandos pudessem acompanhar as aulas online com acesso aos computadores e internet. “Dessa forma, nós garantimos que eles seguiriam realizando as atividades da escola regular, e mantivemos o contato com a famílias reforçando a importância de incentivá-los a seguir nos estudos", relata a coordenadora.

 

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Cursos do Programa Jovem Aprendiz também são oferecidos no Centro Social Marista Bortolini. (as fotos foram tiradas antes da pandemia)​

Como combater situações de trabalho infantil

O primeiro passo é identificar se a criança ou adolescente está inserida em uma rede de apoio que possa dar esse suporte. Escola e família têm um papel essencial para que situações de exploração infantil sejam erradicadas.

Se você presenciar casos de trabalho infantil, pode fazer uma denúncia no Conselho Tutelar da região mais próxima, ou ainda acionar outros canais como: Disque 100 e o formulário online do Conselho Nacional da Justiça do Trabalho.

Dessa forma, é possível fazer com que as crianças de jovens parem de trabalhar e façam o que elas realmente precisam que é brincar, estudar e poder se desenvolver sem ter a responsabilidade de auxiliar com a renda familiar.​