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Educar é uma obra de amor: a educação marista e os desafios da pandemia

15/10/2020
Institucional
Como a pedagogia marista se reinventou neste ano de mudanças

​​​​Neste 15 de outubro, celebramos o Dia do Educador. A data, nos inspira a reconhecer e valorizar o trabalho desses profissionais que têm como vocação jogar luz sobre a realidade e motivar os estudantes a desenvolverem seus aprendizados. O fundador da missão Marista no mundo, São Marcelino Champagnat, sempre acreditou no papel transformador que a educação traz para a sociedade e reforçava esse sentimento a partir da convicção de que “educar é uma obra de amor".

Escute aqui o Minuto Farol de Esperança especial deste dia

Em 2020, presenciamos de perto a imensurável dedicação que todos os educadores e educadoras tiveram para que, mesmo em meio às adversidades, pudessem levar conhecimento e partilhar aprendizados com os estudantes. “Ser educador é se reinventar dia após dia e, agora, mais do que nunca, em tempos de pandemia, vimos de fato como isso aconteceu", afirma o Irmão Jader Henz, diretor do Colégio Marista São Francisco. “Os educadores se reinventaram porque acreditam na educação, porque querem que seus estudantes aprendam e sintam-se acolhidos. Mesmo distante fisicamente, eles querem se fazer próximos e presentes", reforça.

​A força em nossas raízes

Essa resiliência, coragem e audácia para construir uma educação com sentido e permeada por valores é uma das contribuições deixadas por Champagnat a todos os educadores e educadoras maristas. Ele, que viveu na França em meio a um contexto de crises políticas e sociais, sempre teve o desejo de lutar por melhores condições de ensino, como explica o Irmão Claudiano Tiecher, diretor do Colégio Marista Santo Antônio: “A educação estava abandonada, e a maioria dos jovens e adultos eram praticamente analfabetos", conta. “Nesse contexto, temos em Marcelino uma personalidade forte que suporta as adversidades do tempo e da história. Um homem que molda uma educação inovadora, para a época, mesclando a formação do cidadão e do cristão".

Inspirados pelos esforços de Champagnat, hoje todos os educadores e educadoras maristas também se dedicam para promover práticas pedagógicas inovadoras. “O professor está sendo criativo em buscar softwares, plataformas, programas que ajudem a atrair a atenção dos estudantes e que facilitem a aprendizagem deles. Hoje, as aulas contam com experiências em laboratórios virtuais, viagens de estudos online, entrevistas com convidados de outros países, entre outros", explica o Irmão Jader.“Essa mudança na maneira de fazer educação só é possível porque os professores são criativos na sua missão".

​Uma educação com valores

Durante a pandemia, as medidas de isolamento social fizeram com que a salas de aula fossem transferidas para a casa dos estudantes e professores. Mesmo​ com a distância física imperando nesse momento, o que ficou muito evidente é​ que a relação de cuidado e atenção dos educadores permanece sempre viva.

A professora de Língua Portuguesa, Ana Luiza Marioto, confirma que esse olhar humano esteve presente em todas as atividades e encontros virtuais: “os educadores, de uma maneira geral, sempre zelaram pelo desenvolvimento integral das crianças e dos adolescentes mas, nesse momento de pandemia, eu percebi que nós estivemos muito mais atentos aos nossos estudantes. Nós ouvimos mais, nos aproximamos deles e promovemos, realmente, essa escuta ativa", avalia.

As mudanças no formato de ensinar foram muito significativas. Foi necessário ter persistência, criatividade, sabedoria e muita determinação para transformar a educação presencial em um formato online, em um curto espaço de tempo, entretanto o que é avaliado como ponto positivo nessa mudança trazida pela pandemia é que a essência da educação se manteve, independente das intervenções tecnológicas. “As mudanças impactaram a nossa forma de atuar, mas o objetivo continuava o mesmo, que era ajudar os nossos estudantes a criar condições e oportunidades para que eles construíssem aprendizagens significativas. Esse objetivo permaneceu o mesmo", avalia Leonardo Agostini, professor da Escola de Humanidades da PUCRS.

A continuação de um legado

​Entre tantas histórias e narrativas, é possível perceber que a missão marista perpassa séculos, crises e pandemias. Isso se dá devido a pessoas que acreditam no poder transformador da educação e que é essência do existir marista. Neste dia 15, fortalecemos o nosso agradecimento e reconhecimento desses profissionais que dão continuidade a um legado bicentenário, em busca de um mundo mais humano e fraterno.

Confira aqui o vídeo produzido pelos Colégios da Rede Marista com depoimentos de educadores falando sobre esse novo momento da educação: ​

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