A Rede Marista tem como missão promover iniciativas que estejam engajadas com a transformação social e com o cuidado integral da vida a partir da educação. Em Tabatinga, no estado do Amazonas, os Irmãos e Leigos/as que fazem parte da Comunidade Internacional Marista da Amazônia dão continuidade a esse legado por meio do projeto Lavalla200>, com atividades de apoio às comunidades indígenas e ribeirinhas da região e aos imigrantes que chegam ao território brasileiro.
É com essa motivação, e em comunhão com o sonho de Marcelino Champagnat de formar bons cristãos e bons cidadãos, que a Comunidade Internacional Marista da Amazônia promove o projeto Redes. Idealizado pelos Irmãos Maristas Nilvo Favretto e Luke Fong, e pelos Leigos Mario Olguín e Mayra Gutiérrez, ele objetiva ser presença significativa entre as crianças e jovens em situação de vulnerabilidade na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, promovendo e acompanhando a formação escolar, seu protagonismo e a defesa de direitos.
Para Ir. Nilvo, “O projeto Redes tem por objetivo atender as crianças e jovens da redondeza. Quer ser um espaço de educação, lazer, convivência e de reforço escolar. Conta também com parceiros voluntários.”
A contribuição de iniciativas como esta, visando o desenvolvimento saudável das crianças e jovens da região é percebida pela atuação de Sthefany de Sousa, voluntária no projeto. Para ela, “dentro do contexto social em que o município de Tabatinga está inserido, onde a falta de espaços seguros e de atividades educativas voltadas para crianças ou adolescentes é mínima, o Centro Marista vem ocupar um importante papel ao oferecer momentos de lazer, direcionados não somente para a diversão, mas também à formação humana de cada pessoa”, afirma.
O projeto Redes compreende sua operação a partir de dois enfoques: o Centro Marista, considerado o coração da missão e, a presença na tríplice fronteira, cuja atuação ocorre junto à Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), à Rede Contra o Tráfico de Pessoas, Cáritas, às equipes itinerantes e aos projetos liderados por outras congregações religiosas.
Ser presença transformadora
O Centro Marista visa atender de forma personalizada as necessidades de diferentes públicos da cidade de Tabatinga. Junto às crianças, adolescentes e jovens o foco consiste na atuação educativa, com apoio de leigos e voluntários na realização de atividades de reforço escolar, aulas de inglês e espanhol e momentos recreativos.
Já para as lideranças de bairros, comunidades eclesiais e professores, a presença na tríplice fronteira oportuniza momentos formativos e de escuta com foco no desenvolvimento integral. Essa perspectiva também abrange as pautas ligadas à garantia de direitos das comunidades indígenas e ribeirinhas da região, tendo como fio condutor o cuidado com a Casa Comum à luz do conceito de ecologia integral.
Para Jaelen Vale, mãe de duas crianças assistidas pelo Centro Marista, o Projeto Redes realiza sonhos a partir das oportunidades que oferece e pelo comprometimento com que os voluntários/as atuam. “Ensinam muito bem, tem paciência para explicar cada detalhe quando algum aluno não consegue entender. É muito gratificante! É uma enorme alegria!”. Inspirada pela participação das filhas no projeto, Jaelen também começou a participar das atividades promovidas pela iniciativa: “Nunca irei desperdiçar meu tempo em outras coisas além dos meus estudos!”, comenta.
Sobre a Comunidade Internacional Marista da Amazônia
A Comunidade Internacional Marista da Amazônia está localizada em Tabatinga (AM), região da Diocese do Alto Solimões, na Bacia do Rio Solimões. A atuação marista se dá especialmente no acompanhamento de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade da tríplice fronteira.
Ela é uma comunidade mista que faz parte do projeto LaValla200> e recebe Irmãos e Leigos de outros países (e Províncias ou Unidades Maristas) para desenvolver trabalho missionário na Amazônia. A Rede Marista também está presente em outras cidades da região amazônica: em Boa Vista, no estado de Roraima; em Manaus, Tabatinga e Lábrea, no estado do Amazonas; em Cruzeiro do Sul e Rio Gregório, no Acre; e em Sinop, no Mato Grosso.