O Dia do Pescador é celebrado em 29 de junho por ser Dia de São Pedro, o apóstolo pescador e que também é padroeiro dos pescadores. Há mais de 50 anos, a presença marista percorre comunidades nativas, regiões ribeirinhas e a imensidão de rios, lagos e florestas amazônicas. O sustento de muitas famílias é tirado dos rios, por meio da pesca.
Em Foz do Tapauá (AM), os pescadores estão cadastrados na Associação de Pescadores de Tapauá. Com isso, tem seus direitos assegurados e liberdade segura para a pesca. Nas redondezas da Foz, os grupos pequenos também estão organizados no acordo de pesca - e em outras associações de agricultores e pescadores -, criado no ano de 2023. No acordo de pesca, há um trabalho de fiscalização, garantindo a seguridade alimentária.
Pescadores das várzeas, os Paumari são um dos poucos povos indígenas do médio rio Purus que conseguiram sobreviver sem confrontos armados nos dois ciclos da borracha. Esses ciclos arrasaram outros povos da região em meados do século 19. Em 2024, esse povo tem conquistado dois prêmios, um de R$ 50 mil e outro de R$ 500 mil pelo trabalho do manejo do pirarucu.
Para o Irmão Luiz José Gerhardt, de Lábrea (AM), a pescaria é uma profissão entre tantas outras que há no mundo e que exige muitas habilidades e competências. "A paciência é a alma do pescador, pois é preciso esperar a lua certa, os dias certos, o tempo favorável. A embarcação, o lugar, o material, a isca, horários, fundura das águas… tudo isso garante o sucesso ou não da pescaria! A consciência do cuidado com a natureza, do cuidado com a conservação das espécies e o manejo correto deve ser a bandeira a ser defendida!".