O processo da Pastoral Juvenil Marista acontece de forma dinâmica e integral, sendo um itinerário que cada adolescente e jovem percorre. Não é à toa que a palavra caminho traz como conceito passagem, trilha, trajeto, percurso. Traduzindo isso para a Pastoral Juvenil Marista, significa pensar que não há crescimento na fé sem trajetória e sem caminho. Ninguém nasce pronto; pelo contrário, a formação é algo que precisa fazer-se diariamente, num desafio que cabe a cada pessoa ir superando.
Um processo é o contrário de algo parado, estanque ou automático. Tem uma história, um antes, um começo, e propõe um trajeto a ser percorrido. Pode ser cultivado ou pode ser esquecido, mas não para.
No processo, há como pano de fundo o amadurecimento na fé e a Civilização do Amor. Amadurecimento, pois é sobre essa tônica que se caminha e propõe as ações da PJM.
Nesse amadurecimento podem estar acontecendo muitas coisas: descobertas, dúvidas, leituras, conversas, rezas, seminários de estudo, preguiças, relaxamentos. Trata-se de uma miscelânea enorme, assim como a vida: caminha-se entre entusiasmos e decepções, esperanças e desafios. Apesar disso, podemos dizer que há uma direção, assim como o amor tem a sua direção e seu caminho. A única certeza que temos é de que este processo começou algum dia e não vai terminar nunca. Como o amor, a fé tem começo e não tem fim. Todos vivemos o processo da vida, todos vivemos o processo da fé. (Mística, 2008, p. 24)
Outro ponto importante dentro do processo da PJM é a Civilização do Amor, pano de fundo da caminhada, que embasa as ações, os passos e os objetivos.
Ao longo do processo, os/as adolescentes e jovens passam por algumas estações e descobertas importantes de serem vividas. Podem estar dispostas de forma em que uma está ligada à outra, mas não há uma passagem única por elas. Cada uma tem sua importância dentro do processo. São elas: Descoberta do caminho comunitário, do grupo, da comunidade, da questão social e despertar da vocação e amadurecimento do projeto de vida.
Caminhar em conjunto
A partir da vivência grupal que tudo isso é vivido, experenciado, celebrado. O grupo está na centralidade do processo. É o ponto de partida. No grupo que se fortalece, se amadurece e cresce o processo. Os/as interlocutores/as, Participantes, Animadores/as, Assessores/as e Equipe Provincial, farão o processo a partir do grupo, nunca sozinhos/as e sem essa referência de vivência e acompanhamento.
Os Encontros Provinciais serão vivenciados nesse tecido, sendo importantes para dar um alinhamento, formação, mística em nível provincial.
A Organização é uma opção pedagógica-pastoral dentro da caminhada da PJM, pois vai dando a tônica, o arranjo da caminhada.
E as Interfaces são necessárias para termos relações estabelecidas interna e externamente. Isso se dá com a comunidade educativa, a sociedade civil, a igreja local e diocesana e outras interfaces que a PJM local considerar importante.
O acompanhamento é fundamental para que tudo o que é realizado ajude no amadurecimento na fé tanto pessoal, quanto grupal.
Tanto os Encontros Provinciais, a Organização, as Interfaces como o Acompanhamento estão em vista da Vivência Grupal.
“Somos mais nós mesmos quando sabemos perceber tudo isso. Pelo fato de ser lindo e misterioso, o processo de educação na fé carrega dentro de si uma “vibração", uma alegria de sentido. Isso nós chamamos de “mística" (Mística, 2018).
A mística da Pastoral Juvenil Marista é, portanto, nosso jeito de fazer, agir, atuar e viver na PJM. É o que costura tudo isso.