Jubileu Ordinário do Ano de 2025: Peregrinos de Esperança

No dia 24 de dezembro de 2024, noite de Natal, o Papa Francisco abriu a Porta Santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano, dando início ao Jubileu Ordinário do Ano de 2025. Essa tradição ocorre desde 1300, quando foi proclamada por Bonifácio VIII, e tem como finalidade celebrar o Mistério da Encarnação, ou seja, a presença humana e divina de Jesus Cristo no mundo.

O Jubileu da Igreja Católica também é chamado de Ano Santo, pois é um tempo no qual se experimenta a santidade de Deus, que nos transforma. Ao longo do tempo, sua frequência foi sendo alterada: no início, ocorria a cada 100 anos; passou para 50 anos em 1343, com Clemente VI, e para 25 anos em 1470, com Paulo II.

Também existem os Jubileus “extraordinários”. Um deles, inclusive, ocorreu em 2015: o Papa Francisco proclamou o Ano da Misericórdia. A forma de celebrar os Anos Santos também passou por transformações: em sua origem, era realizada uma peregrinação às Basílicas romanas de São Pedro e São Paulo; mais tarde, outros sinais foram sendo acrescentados, como a Porta Santa, a Reconciliação e a Indulgência.

O Jubileu de 2025

Geralmente, o Ano Santo tem um lema. Para 2025, o escolhido foi Peregrinos de Esperança. Na Bula de proclamação do Jubileu, o Papa Francisco explica que a esperança foi escolhida para estar na centralidade porque ela “não decepciona”. Considerando a realidade mundial, a Igreja propõe uma palavra de esperança fundamentada na Carta ao Romanos 5, 1-2.5, que afirma que “a esperança não decepciona”. Ela “nasce do amor e funda-se no amor que brota do coração de Jesus trespassado na Cruz” (n.3).

O Papa também deseja que o Jubileu “possa ser, para todos, um momento de encontro vivo e pessoal com o Senhor Jesus, ‘porta’ de salvação (cf. Jo 10,7.9)”. “Que nos ajude também a reencontrar a confiança necessária, tanto na Igreja como na sociedade, no relacionamento interpessoal, nas relações internacionais, na promoção da dignidade de cada pessoa e no respeito pela criação. Que o testemunho crente seja fermento de esperança genuína no mundo, anúncio de novos céus e nova terra (cf. 2 Ped 3, 13), onde habite a justiça e a harmonia entre os povos, visando a realização da promessa do Senhor” (n.25).

Sobre o logotipo do Jubileu

O logotipo representa quatro figuras estilizadas para indicar a humanidade dos quatro cantos da Terra. Elas estão abraçadas, indicando a solidariedade e a fraternidade que unem os povos.

O que está à frente está agarrado à cruz. É o sinal não só da fé que abraça, mas da esperança que nunca pode ser abandonada, porque precisamos dela sempre e sobretudo nos momentos de maior necessidade. As ondas que estão em baixo revelam que a peregrinação da vida nem sempre se move em águas tranquilas. Muitas vezes, eventos pessoais e mundiais impõem, com maior intensidade, o chamamento à esperança.

É por isso que se deve prestar atenção à parte inferior da cruz, que se prolonga, transformando-se numa âncora, que se impõe ao tumulto das ondas. Como se sabe, a âncora tem sido muitas vezes usada como metáfora da esperança. A âncora da esperança, na verdade, é o nome que na gíria marítima é dado à âncora de reserva, utilizada pelas embarcações em manobras de emergência para estabilizar o barco durante as tempestades.

A imagem mostra como o caminho do peregrino não é um acontecimento individual, mas comunitário, com a marca de um dinamismo crescente que tende cada vez mais para a cruz. A cruz não é estática; é dinâmica: curva-se para a humanidade como que para ir ao seu encontro, oferecendo a certeza da presença. Por fim, vê-se o lema do Jubileu de 2025 com a cor verde: Peregrinos de Esperança.

Fonte: https://www.iubilaeum2025.va/pt.html

Crédito da foto: Vatican Media

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