O segundo dia do Simpósio Juventudes Contemporâneas movimentou os espaços do Prédio 40 da PUCRS. Conferências, minicursos e apresentação de mais de 90 pesquisas e relatos de experiências marcaram a programação desta quarta-feira, dia 3 de setembro.
A primeira atração que subiu ao palco foi o grupo de teatro da obra social Novo Lar, de Viamão. Os/as educandos/as apresentaram uma esquete teatral sobre as angústias dos/as jovens, emocionando o público presente. A diretora da unidade, Cristina Hugentobler de Almeida, reforçou a mensagem deixada por meio da arte.
“A esquete revelou algo muito real: a inquietude e a busca que marcam a juventude de hoje – e de todos os tempos. Essa realidade, tantas vezes invisível, nos desafia a olhar com mais atenção, escuta e acolhida para cada jovem que encontramos. E é aqui que fazemos um elo com este encontro. Assim como o Novo Lar, muitas instituições representadas neste Simpósio também se dedicam ao social. E todos nós, independentemente da área, temos algo em comum: estudar, pesquisar, caminhar e agir em prol das juventudes e com as juventudes”.
Após a apresentação, foi realizada a primeira conferência do dia, com o doutor Josafá Moreira Cunha, da Universidade Federal do Paraná. Professor de Psicologia da Educação no Departamento de Teoria e Fundamentos da Educação, ele falou sobre aprendizagem socioemocional no desenvolvimento juvenil.
“Precisamos pensar em um processo formativo para que as competências dos/as jovens se manifestem ao longo da vida”. Para isso, é preciso que a metodologia seja focada, ativa, sequenciada e explícita.
Na segunda parte da manhã, os/as participantes foram direcionados para os minicursos que foram ofertados no Simpósio. Veja quais foram os assuntos abordados:
- Condição juvenil e processos inclusivos
- Educação para a segurança digital juvenil
- A missão com jovens: vocação e esperança
- Juventudes e primeiros cuidados socioemocionais
- Espiritualidade juvenil, saúde e sentido de vida
- Direitos dos adolescentes e jovens: Escutas, ações e contextos
- Saúde mental de adolescentes e jovens: relações de cuidado humano
- Contraculturas juvenis: quando os direitos humanos ganham trilha sonora
- Aprendizagem-serviço: pedagogia para projetos de vida
À tarde, quem animou o público presente foi a Banda Ecos, do Centro Social Marista Ir. Antônio Bortolini. Logo após, ocorreu a segunda conferência do dia, com a seguinte temática: Funcionamento do cérebro juvenil – Contribuições para uma educação em saúde. Quem conduziu o momento de fala foi a doutora Cristiane Regina Guerino Furini, professora da Escola de Medicina e do Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica da PUCRS. Ela também coordena o Laboratório de Cognição e Neurobiologia da Memória, do Instituto do Cérebro (Inscer).
“Criar uma criança ou um adolescente saudável é muito mais do que prover sustento: interações sociais positivas, identificação com o grupo, sensação de controle. Nunca é tarde mais para começar a oferecer um ambiente positivo”.
Para encerrar o segundo dia do Simpósio, os/as participantes se dirigiram para as 14 salas com comunicações de trabalhos.
“Tivemos a feliz surpresa de ter 93 trabalhos comunicados, entre pesquisas científicas e relatos de experiência. Tivemos trabalhos de iniciação científica até pesquisas de pós-doutoramento. Essa procura revela o quanto tem sido produzido nas temáticas das adolescências e juventudes em distintas áreas do saber. Toda a equipe organizadora esteve empenhada para oportunizar essa difusão do conhecimento e da troca de ideias”, comenta Patrícia Teixeira, coordenadora do Observatório Juventudes e da comissão organizadora do evento.