5ª Conferência Marista sobre Enfrentamento à Violência Sexual Infantojuvenil reúne mais de 120 pessoas

Mais de 120 pessoas participaram da 5ª Conferência Marista sobre Enfrentamento à Violência Sexual Infantojuvenil, ocorrido no dia 27 de maio, em formato online. Realizado pelo Centro Marista de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, o evento contou com a presença de educadores/as maristas e de outras instituições, acadêmicos e profissionais da rede de proteção.

Assista à gravação da Conferência aqui.

O conselheiro provincial da Província Marista Brasil Sul Amazônia Ir. Sandro Bobrzyk, que também atua como coordenador do Centro Marista de Promoção e da Assessoria de Proteção à Criança e ao Adolescente da Rede Marista, deu as boas-vindas aos participantes e reforçou a importância da temática escolhida pela equipe organizadora do evento. “Crianças e adolescentes com deficiência estão mais vulneráveis a sofrerem violências, incluindo a violência sexual. Alguns dos fatores que contribuem para a perpetuação dessa violência são o capacitismo, a subnotificação dessas violências contra essa população e a falta de instrução e capacitação tanto dos profissionais que atuam com infâncias e adolescências, quanto da própria população geral”.

Três convidadas foram as responsáveis pelas palestras e reflexões da Conferência. Laís Silveira Costa, doutora em saúde pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP), da Fiocruz, foi a primeira delas. “Uma em cada seis pessoas no mundo tem deficiência. No recorte do público sobre o qual estamos falando hoje, o dado fica assim: uma em cada 10 crianças no mundo tem deficiência”. Essas e outras tantas informações compartilhadas pela palestrante, em um rico panorama da violência sexual no Brasil, demonstram o quanto a diversidade humana é ampla e contraditoriamente esquecida e invisibilizada.

No segundo momento, a advogada e ativista de Direitos Humanos e das Pessoas com Deficiência Liduína Carneiro trouxe para o grupo aspectos da legislação e das falhas em nosso sistema. “As crianças com deficiência continuam ficando fora da escola. Porque existe uma atitude de indisponibilidade para a adaptação de conteúdos, de convivência… Diante de tanta indisponibilidade, existe também a indisponibilidade para denunciar”.

A última palestrante a falar foi a jornalista Patricia Almeida, coautora do Eu Me Protejo – Educação para prevenção contra a violência na infância. “O Eu Me Protejo previne e identifica as violências. São questões que estão adormecidas na nossa sociedade e que não podem chegar na escola sem ter um atendimento psicológico e socioassistencial”. 

Ir. Sandro também fez o encerramento da Conferência, agradecendo às palestrantes e à professora Andréia Mendes, que fez a mediação do evento. “Sabemos que a violência sexual é uma grande violação dos direitos das crianças e dos adolescentes, um trauma que deixa marcas permanentes na vida da vítima e que deve ser prevenido a todo custo. A conscientização e capacitação de pais e responsáveis, profissionais das áreas do Direito, Educação, Assistência Social, Saúde e do público em geral é fundamental para que os adultos atuem em conjunto na prevenção desta violência”.

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